quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Diário de Anne Piolho Frank

25 de Outubro de 1943

Querida Pussy,

Desde que começou esta guerra que nos sentimos cada vez mais inseguros. Apesar de estarmos bem escondidos junto ao couro cabeludo, vivemos sempre com o medo que apareçam algumas partículas de Qitoso e nos levem a todos.

Anne

1 de Novembro de 1943

Querida Pussy,

Hoje vivi o dia mais assustador e terrível da minha vida. O inimigo, na sua cruzada anti-insectos, fez uma passagem completa ao cabelo com um pente fino, apanhando muitos dos nossos camaradas desprevenidos, incluindo o pai. Levaram-no para o campo de concentração de Ausbidéwitz, onde o provavelmente o irão matar nas câmaras de pesticidas.

Anne

8 de Novembro de 1943

Querida Pussy,

Os dias após terem levado o pai têm sido de grande tristeza e medo. Os ataques são cada vez mais constantes e fortes. Ainda ontem escapamos por pouco a uma banheira de hidromassagem.

Anne

19 de Novembro de 1943

Querida Pussy,

Finalmente algo de bom acontece. Eu e o piolho Roger decidimos casar-nos quando esta guerra acabar. Ele só consegue pensar nas lêndeazinhas que vamos ter.

Anne

28 de Novembro de 1943

Querida Pussy,

Eles vêm aí. Consegue-se sentir o cheiro do champô assassino. Todos os nossos amigos que saíram hoje para visitar as pontas espigadas, não mais voltaram. Até já temos medo de chupar o sangue com medo que esteja infectado.

Anne


A 6 de Dezembro de 1943, Anne Piolho Frank morreu quando o humano no qual vivia se alistou no serviço militar e, como consequência, rapou o cabelo. Este é o único testemunho conhecido da vida desta piolha oprimida.

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